Estudantes do Bacharelado em Sistemas da Informação (BSI/UFRPE) participaram das equipes que criaram os aplicativos vencedores da quinta edição do Hackathon "Hacker Cidadão", promovido pela Prefeitura do Recife. O evento começou na última sexta-feira (1º/12), às 18h, e tinha como objetivo o desenvolvimento de aplicações utilizando a base de dados aberta disponibilizada pela prefeitura, sobre os temas: "Espaços urbanos seguros para as Mulheres" e "Mudanças Climáticas".
Durante toda a competição diversos secretários deram mentoria, sugestões e falaram as necessidades que tinham em suas secretarias.
No domingo (03/12) todos os participantes apresentaram suas soluções para os jurados. Estavam presentes o presidente da Emprel e secretários da Secretaria da Mulher e do Meio Ambiente.
Na categoria Mudanças Climáticas, o aplicativo vencedor foi o REPlant. O aplicativo foi desenvolvido por uma equipe composta por cinco integrantes: Bruna Vasconcelos, Lisandra Cruz e Victor Leuthier, alunos do curso de Sistemas de Informação da UFRPE, Demis Gomes, egresso deste curso, e Midiã Ferreira, aluna de Arquitetura da ESUDA.
Na categoria “Espaço Urbano Seguro Para Mulheres, o grupo Free <3 ficou com a primeira colocação, concorrendo com 4 equipes. O time é composto por 3 alunos do Bacharelado em Sistema da Informação da UFRPE: Daivid Vaconcelos Leal (desenvolvedor mobile e gerente de projeto), João Lucas Arruda (desenvolvedor back-end e de banco de dados) e Italo Sousa (desenvolvedor web), e a fotógrafa e estudante de Tecnologia da Informação Raquel Melo (designer). Os alunos maratonaram durante 3 dias no Porto Mídia para desenvolver uma ferramenta que pudesse solucionar problemas reais da mobilidade da mulher.
O evento Hacker Cidadão 5.0 ocorreu dentro do Rec'n'play. Os vencedores são premiados com R$ 2 mil ao final de cada uma das três etapas de desenvolvimento do projeto.
Confira abaixo mais informações sobre os apps vencedores.
REPlant
O REPlant é um aplicativo que envolve áreas verdes na cidade do Recife, de modo a tornar os cidadãos protagonistas da cidade. O app ajuda o usuário a implantar hortas urbanas, jardins verticais e arborizar a cidade. O app visa diminuir a burocracia hoje existente na solicitação do plantio de mudas nas áreas urbanas, identificando se o plantio é possível a partir do tamanho das calçadas das ruas da cidade, utilizando os dados abertos da prefeitura. Caso seja possível, o aplicativo já envia a solicitação à ouvidoria para que os técnicos possam se deslocar ao local solicitado e realizar o plantio. Deste modo, a arborização da cidade realizada pelos próprios usuários mitiga os efeitos das ilhas de calor na capital pernambucana.
O nome REPlant foi pensado em duas vertentes: a primeira, o “RE” de Recife; a segunda, pela inclusão de mais um “R” aos cinco Rs da sustentabilidade. Portanto, a ideia é que o cidadão Reuse, Recicle, Reduze, Repense, Recuse, e... REPlant!
.
.
Freeda
O aplicativo Freeda tem como objetivo garantir mais segurança para a usuária propondo um caminho alternativo com base nos dados das ocorrências de violência de uma determinada localidade e compartilhamento dessas informações, mostrando rotas seguras em seu caminho. A usuária também terá uma facilidade com o seu primeiro contato com alguma autoridade ao registrar uma ocorrência pelo aplicativo, reportar a falta de iluminação pública e ter conhecimento da rede de serviços direcionados para a mulher. Tudo de forma simples, sem necessidade de cadastro e com apenas um botão para acessar cada funcionalidade.
Depois do Hackathon, a equipe terá 60 dias para entregar a versão oficial do aplicativo, com auxílio e da Emprel e Secretaria da Mulher, mas já pensa em implementar "vibração de notificação de rota insegura, canal de comunicação via chat com cada organização que conta com o apoio da Secretaria da Mulher e um portal para a administração da Delegacia da Mulher receber as ocorrências e acordo com as categorias".