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Docente da UFRPE é autor de cartilha sobre bullying publicada pelo Senado

Autor de cartilha sobre bullying, Hugo Monteiro (à direita) fala em audiência no Senado

Autor de cartilha sobre bullying e ciberbullying, Hugo Monteiro (à direita) fala em audiência no Senado. Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

 

Foram lançadas, no fim de 2017, pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Maus-Tratos em Crianças e Adolescentes do Senado Federal, três cartilhas de prevenção contra o suicídio, a automutilação, o bullying e o cyberbullying. O professor Hugo Monteiro Ferreira, vinculado ao Departamento de Educação da UFRPE, foi responsável por uma contribuição importante nesse processo, sendo autor do material que trata de um dos temas que preocupam pais, responsáveis e educadores na atualidade: o bullying e o ciberbullying.

Confira as cartilhas nos links abaixo:

- Cartilha “Vamos conversar sobre bullying e ciberbullying”

- Cartilha “Vamos conversar sobre a prevenção do suicídio”

- Cartilha “Vamos conversar sobre a prevenção da automutilação”

Segundo Hugo Monteiro, as cartilhas têm como objetivo difundir informações sobre essas temáticas e, ao mesmo tempo, servir como material didático para que pais, responsáveis e educadores possam trabalhar essas questões nos espaços em que estiverem inseridos.

“Percebo que as escolas simplesmente não sabem o que fazer com temas como o suicídio, a automutilação e o bullying. Com uma boa mediação, as cartilhas podem dar uma ótima contribuição para a reflexão e a difusão dessas informações”, enfatizou o docente.

As cartilhas foram elaboradas por profissionais das áreas de educação, psicologia e psiquiatria, com o auxílio da equipe técnica do Senado. Elas serão distribuídas nacionalmente e estarão disponíveis via internet para a reprodução independente. “É importante que as pessoas imprimam as cartilhas e ajudem a divulgá-las”, destacou o professor da UFRPE.

Especialista na temática bullying e ciberbullying, Hugo Monteiro ressalta que estes são fenômenos relacionados à convivência entre as pessoas, que se manifestam, sobretudo, a partir de preconceitos de etnia, gênero, sociais, estéticos, cognitivos, entre outros.

“O bullying floresce onde há preconceito, é um fenômeno de convivência. Quando não se consegue conviver com quem é diferente, as pessoas se juntam com quem pensa igualmente para perseguirem quem é mais vulnerável”, aponta.

Nesse sentido, o professor da UFRPE e os especialistas que participaram de uma audiência pública na Comissão de Assuntos Sociais do Senado Federal, no início de dezembro de 2017, enfatizaram a necessidade de superar uma visão neutra do espaço escolar.

“Somos contra uma escola neutra e a favor de uma escola que se posicione, que seja contra os preconceitos e discuta questões relacionadas ao gênero, raça, sexualidade, diferenças sociais”, ressaltou. “O grande problema é que quase sempre a vítima do bullying não fala sobre os abusos que sofre. E se na escola não é um espaço onde os preconceitos são discutidos, esse fenômeno não será minimizado nem erradicado”, destacou o professor Hugo Monteiro.

Em 2017, o professor Hugo Monteiro foi um dos participantes da campanha “UFRPE Pelos Direitos Humanos”. Confira no vídeo abaixo, a participação do docente numa reflexão sobre o bullying e o ciberbullying.