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Reitores e secretário se reúnem na UFRPE para mobilização em defesa de políticas públicas para a educação

reunião de gestores de educação em PernambucoReitores das universidades pernambucanas e o secretário de Educação de Pernambuco firmaram, nesta quarta-feira (08/05), um pacto em defesa das políticas públicas para a Educação. Em encontro realizado na Reitoria da UFRPE, os gestores assumiram o compromisso de trabalhar de forma articulada para a defesa do financiamento e do fortalecimento das políticas públicas da área, em todos os níveis educacionais.

Entre as ações estratégicas planejadas pelos participantes do encontro, será realizada uma grande mobilização junto às comunidades universitárias das universidades: o “Dia D da Educação”, a ser realizado em 21 de maio. De um modo especial, os gestores ressaltaram a importância das universidades públicas como patrimônio a ser defendido e valorizado pela sociedade pernambucana e brasileira.

O encontro foi idealizado pelo Consórcio Pernambuco Universitas, do qual fazem parte as cinco universidades do Estado – Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), Universidade de Pernambuco (UPE) e Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) – cujos gestores estavam presentes, ao lado do secretário de Educação de Pernambuco, Frederico Amâncio.

De acordo com reitora da UFRPE, Maria José de Sena, atual coordenadora do Consórcio, a reunião teve como objetivo promover uma maior articulação entre as universidades pernambucanas e demais agentes da educação de Pernambuco, num momento em que cortes orçamentários atingem as universidades federais e a Educação Básica. Os gestores buscaram definir estratégias para fomentar o diálogo com a sociedade, por meio de campanhas de sensibilização e de popularização da ciência.

 “É fundamental que se compreenda que as universidades são imprescindíveis para a sociedade. Desenvolvemos pesquisas nas diversas áreas do conhecimento, projetos de grande impacto e relevância socioambiental, prestamos serviços nas mais variadas áreas – como a saúde, a agricultura, a agropecuária, a tecnologia. Se as universidades deixam de funcionar, toda a sociedade sofrerá as consequências”, alertou a reitora.

O reitor da UFPE, Anísio Brasileiro, afirmou que, com o bloqueio orçamentário médio de 30% feito pelo Ministério da Educação, na última semana, as universidades e institutos federais terão seu funcionamento inviabilizado antes do fim do ano. O corte afeta diretamente o custeio e os investimentos das instituições de ensino superior, o que traria prejuízos estruturais em áreas como manutenção, segurança, limpeza, transporte, fornecimento de água e energia elétrica, além da compra de equipamentos e insumos. Por consequência, atividades de ensino, pesquisa e extensão precisariam ser interrompidas já no segundo semestre.

“Estamos conclamando a sociedade a se mobilizar contra esses cortes. A questão da educação é um problema da sociedade. Vamos, sim, mobilizar a sociedade para nos colocarmos contra esses cortes que inviabilizam o conhecimento, a pesquisa, inviabilizam a possibilidade de um país que seja autônomo, que seja soberano e que decida seu próprio destino”, enfatizou o reitor.

Para o professor Julianeli Tolentino, reitor da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), o bloqueio orçamentário provocará não só problemas relacionados ao funcionamento das estruturas físicas das instituições, mas também a redução no número de bolsas de apoio acadêmico, a demissão de trabalhadores das empresas terceirizadas, a diminuição dos serviços prestados à sociedade. “Se mantida essa decisão, as universidades terão seu funcionamento totalmente inviabilizado. Não teremos como fechar as contas deste ano. Muitas pessoas serão diretamente prejudicadas”, ressaltou.

Os reitores da UPE e Unicap, Pedro Falcão e Pe. Pedro Rubens, respectivamente, chamaram a atenção para a importância da união de todas as instituições de educação de Pernambuco para a defesa das políticas públicas da área. “Esses cortes não são um problema que atinge somente as universidades federais. Também foram feitas reduções no orçamento de órgãos como CAPES, CNPq, FINEP, entre tantos outros. Isso afeta a todos nós, atinge todo o sistema de educação do país”, destacou Pedro Falcão. “A Educação brasileira vem sofrendo, nos últimos anos, com a falta de prioridade e continuidade de políticas. Basta ver a rotatividade de gestores no Ministério da Educação de cinco anos para cá. As universidades também passam por grandes dificuldades com esse cenário. É preciso que todos estejamos juntos e a educação seja valorizada como deve ser”, ressaltou o Pe. Pedro Rubens.

O secretário de Educação de Pernambuco, Frederico Amâncio, sublinhou que os cortes nas universidades impactam todo o sistema educacional do país. “Há uma complementaridade entre as ações das universidades e das secretarias estaduais e municipais. As universidades são responsáveis pela formação de professores; muitas ações e projetos são desenvolvidos em conjunto, diversas políticas estão totalmente integradas a todos os níveis educacionais. Um recorte orçamentário como este afeta toda a educação no país”, destacou o secretário ao longo do encontro na UFRPE.

Dia D da Educação

Entre as ações estratégicas planejadas pelos participantes do encontro, será realizada uma grande mobilização junto às comunidades universitárias das universidades. O “Dia D da Educação”, a ser realizado no dia 21 de maio, buscará sensibilizar a sociedade para a importância das políticas públicas em educação. A ideia é organizar grupos de estudantes, professores, pesquisadores, funcionários das universidades e institutos para irem às ruas, aos espaços públicos, onde vão apresentar ações e projetos desenvolvidos pelas instituições de ensino superior de Pernambuco.

“Vamos mobilizar nossa comunidade para dialogar com as pessoas em praças, mercados públicos, semáforos, entre outros espaços. Queremos chamar a atenção da sociedade para os projetos, pesquisas e atividades desenvolvidas dentro das universidades, que afetam positivamente a vida de todos e todas”, enfatizou a reitora.

Durante as próximas semanas, cada instituição irá realizar encontros de mobilização com as respectivas comunidades acadêmicas e definir as ações a serem desenvolvidas na data e em outros momentos. Na UFRPE, a reitora organizará encontros com direções de departamento, coordenações de curso, movimento estudantil, grupos de pesquisa, gestores da instituição, representações de classe, entre outros grupos, entre outros grupos, para definir ações da comunidade universitária para o Dia D da Educação.

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