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[FAROL DE NOTICIAS] Cortes feitos por Bolsonaro prejudicam educação em ST

Cortes feitos por Bolsonaro prejudicam educação em ST

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Fotos: Farol de Notícias / Celso Garcia

Publicado às 06h desta terça-feira (1)

Os professores federais que integram a Associação dos Docentes da Universidade Federal Rural de Pernambuco (Aduferpe) estão em estado de alerta com o anúncio de cortes de bolsas de financiamento estudantil na UFRPE. Em entrevista exclusiva a reportagem do Farol de Notícias a presidente da Aduferpe, Nicole Pontes, professora atuante na UFRPE-UAST, falou sobre a decisão da Reitoria, que ‘cortou na carne’ e demitiu funcionários terceirizados de todos os campi da universidade, na Unidade Acadêmica de Serra Talhada foram sete demissões.

“É uma coisa que a gente já vinha dizendo há muito tempo, não só na Aduferpe, mas em um contexto nacional como um todo. Faz parte de um contexto maior de cortes na Educação, na Ciência e Tecnologia que vem acontecendo desde a Emenda Constitucional 95 do congelamento dos gastos com educação pelos próximos 20 anos. Diminuição orçamentária para as universidades, para a Rural foi uma diminuição em torno de 18% no orçamento. E agora, por conta da inflação, o orçamento que a universidade vem trabalhando é mais ou menos o orçamento de 10 anos atrás”, explicou a professora em Sociologia, complementando:

“E agora nessa iminência do retorno presencial, a reitoria lançou um documento, e pode ver que o argumento é justamente esse, que não vai ter recurso. Agora, não tem mais de onde tirar, vai ter corte de bolsas que eram subsidiadas pela própria UFRPE, bolsas de monitoria, pesquisa e extensão da própria instituição. Ainda terá bolsas da CNPq e Capes, mas o problema é, no contexto nacional, elas também estão com seus recursos diminuídos, tiveram um corte de mais de 30%. Tudo isso em meio ao debate do reajuste salarial dos docentes, estamos sem reajuste desde 2015 e brigamos até abril para a aprovação de um reajuste de 19,99%”.

RETORNO ÀS AULAS

No Falando Francamente, da TV Farol, nessa segunda-feira (28), Nicole descreveu como está a situação da UFRPE-UAST para a volta às aulas presenciais em Serra Talhada, que não deverá comportar a princípio todos os estudantes, mas até 60% de aulas presenciais, priorizando os estudantes dos primeiros períodos e dando a possibilidade dos professores com comorbidades se manterem na modalidade remota.

“A gente ainda está terminando o ano de 2021, estamos um pouco atrasados. Em 2020 passamos um semestre inteiro trabalhando em um sistema chamado PLE, que é um sistema excepcional. Começamos dia 14 de fevereiro, mas tivemos uma decisão coletiva dos conselhos da universidade de começar remoto por causa dessa ômicron, que nos pegou de surpresa. Mas tem uma decisão dos conselhos para quinta-feira (3) para uma rediscussão desse retorno. Tudo indica que retornemos, mas ainda não 100%. Será numa modalidade que chamamos de mista e em torno de 60% dos alunos no campus”.

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