No trabalho de revisão taxonômica publicado na revista internacional Zootaxa, neste mês de outubro, os pesquisadores taxonomistas do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP) homenageiam a professora Rosangela Lessa, do Departamento de Pesca e Aquicultura (Depaq/UFRPE).
O trabalho tratou da descrição de duas novas espécies de raias presentes na costa do Brasil, e, para uma delas, foi dado o nome da docente da UFRPE. O nome da raia da família Gymnuridae passa a ser, a partir de então, Gymnura lessae. Tal homenagem se dá pelo fato de a professora ter dedicado boa parte de sua trajetória acadêmica a pesquisas voltadas à conservação dos elasmobrânquios.
Rosangela Lessa é referência acadêmica em estudos voltados à conservação dos elasmobrânquios - grupo que inclui as raias e também tubarões e raias - há cerca de 40 anos.
A espécie renomeada havia sido descrita genericamente como Gymnura micrura. De acordo com os pesquisadores, a descoberta foi de que, dentro do gênero Gymnura havia duas novas espécies. Segundo a homenageada, foi, na verdade, feita uma correção, a partir do estudo minucioso dos pesquisadores da USP, um dos quais, egressos de mestrado da UFRPE.
As raias do gênero são conhecidas como raias-borboletas, pela semelhança aos insetos por conta de suas nadadeiras. A Lessae é encontrada entre os Estados Unidos e o Caribe. No Brasil, tem sua carne consumida em forma de moqueca.