Neste 19 de setembro, o educador Paulo Freire faria 97 anos se estivesse vivo. E uma das homenagens ao célebre pernambucano ocorre na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), que, no dia seguinte (20/09), lança sua Cátedra Paulo Freire, às 19h30, no Departamento de Educação (DEd) - segundo andar do Bloco B.
O espaço de ensino, pesquisa e extensão chega para complementar as outras oito existentes no Brasil, com o diferencial de ter como norte o tema Educação para a sustentabilidade. A instância – considerada a cadeira máxima de uma instituição de ensino – funcionará de forma permanente no Departamento de Educação (DEd), e sua inauguração integra a programação do X Colóquio Internacional Paulo Freire, que ocorre na UFPE.
Com a Cátedra, a UFRPE busca preencher a lacuna da sustentabilidade nos trabalhos de orientação freireana e envolve as sustentabilidades social, política, econômica e educacional. O diálogo na UFRPE para formação da instância freiriana surgiu a partir da pesquisa de pós-doutorado da professora Monica Folena, diretora do Departamento de Educação. A pesquisadora estudou como as cátedras, centro e institutos sobre Paulo Freire no Brasil envolvem a temática da sustentabilidade.
Segundo Folena, a partir da Cátedra, a UFRPE amplia a produção e socialização do conhecimento em educação. Também buscará se vincular à Unesco no primeiro ano de trabalho. “A cátedra vem somar esforços aos outros espaços onde Paulo Freire já é guia, para gerar ações no tripé universitário. O pensamento de Paulo Freire é imortal; é mais atual do que nunca. E um dos ensinamentos que ele nos traz é de que a educação precisa ser problematizadora, viva, dialógica, humanizadora”, destaca.
A institucionalização de um espaço em que Paulo Freire é guia surge num movimento de reconhecimento e visibilidade do pesquisador, educador e filósofo brasileiro, reconhecido e premiado internacionalmente. O pernambucano é reverenciado por sua contribuição na História da Pedagogia, influenciador da pedagogia crítica com reconhecido trabalho na Educação Popular, o que o tornou Patrono da Educação Brasileira.