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Tecnologia desenvolvida na UFRPE salva vidas de tartarugas na pesca de arrasto

dispositivo de grade em rede de pesca para evitar morte de tartarugas

Na semana em que se comemora o Dia do(a) Engenheiro(a) de Pesca (14/12), pesquisadores da UFRPE apresentam mais um resultado de estudos que contribuem não somente para o desenvolvimento da pesca, da aquicultura e de comunidades pesqueiras no Brasil, mas na conservação e preservação do ambiente e das espécies marinhas. Por solicitação do Projeto Tamar, pesquisadores do Laboratório de Pesca Sustentável (Lapesu) desenvolveram tecnologia que evita mortes eventuais de tartarugas na pesca de arrasto.

Sob a coordenação do professor Vanildo Souza de Oliveira, o estudo permitiu a testagem de um dispositivo, criado no laboratório, que funciona com uma grade de alumínio montada com parafusos, acoplada à rede, de fácil manuseio e montagem e de baixo custo. A atividade funciona no âmbito do Projeto de Redução de Fauna Acompanhante na Pesca de Arrasto de Camarão REBYC/FAO/UFRPE/DEPAq, cujo coordenador é o também professor da UFRPE Fábio Hazin.

De acordo com o professor Vanildo, foram realizados 31 arrastos com o dispositivo, e, ao mesmo tempo, com a rede comum do pescador. Como ocorre em alguns casos da pesca de arrasto – em que acidentalmente tartarugas ficam presas na rede – foram capturadas, na rede comum, três tartarugas, tendo uma delas sido morta. Já no caso da rede com o dispositivo, todas conseguiram escapar vivas.

dispositivo na rede no mar no momento da experiência“Esses resultados são tão marcantes que o mestre da embarcação quis ficar com o dispositivo na sua rede. Para quem trabalha com comunidades, ver a aceitação espontânea é fantástico”, comemorou o docente. Segundo ele, se o pescador utilizar o dispositivo em suas duas redes, não haverá mortes de tartarugas, o que representa um grande desafio a ser alcançado. “É um dos exemplos que demonstram a importância do engenheiro de pesca na preservação do meio ambiente, dentro desses 50 anos do curso de Engenharia de Pesca da UFRPE, pioneiro  no Brasil”, ressalta.

A experiência prática foi apresentada pela UFRPE ao Projeto Tamar para atestar o funcionamento da técnica, que está em estudo e deve ser popularizada, posteriormente, a partir de políticas para os pescadores.