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Comunidade universitária celebra aniversário da UFRPE

As comemorações pelos 112 anos da Universidade Federal Rural de Pernambuco seguem emocionando a comunidade universitária. No domingo (03), a missa no mosteiro de São Bento, estava repleta de docentes, gestores, técnicos, egressos e estudantes na primeira celebração da semana. Na ocasião, a reitora da UFRPE, professora Maria José de Sena, agradeceu ao Abade Dom Luís Pedro, pela bela cerimônia e pelo carinho com a universidade e falou sobre o início e o caminho da instituição:

“A Universidade Federal Rural de Pernambuco começou aqui com os cursos de medicina veterinária e agronomia e hoje, 112 anos depois somos mais de 150 cursos levando conhecimento e formando cidadãos do litoral ao sertão, tentando diminuir as desigualdades sociais em nosso estado. Esta tem sido a nossa missão.”

Na terça-feira (05), houve a tradicional cerimônia de concessão de diplomas e medalhas Professor Manoel Rodrigues Filho aos(às) servidores(as) aposentados(as). Esta celebração busca valorizar as pessoas que por décadas dedicaram suas vidas à UFRPE.

Na ocasião poeta Jessier Quirino falou para uma plateia em deleite sobre seu novo livro Eu parece que tô vendo. O artista contou causos e poemas que divertiram os presentes como um com qual ele brinca com a geografia e a língua portuguesa, quando falou sobre os vizinhos de grito:

jessier

“O sul do Rio Grande do Norte pode dar um grito para o norte do Rio Grande do Sul.

Então, teoricamente, somos vizinhos de grito.

 

Será que o abraço do Norte e do Nordeste não provém do calor do Maranhão?

Será que o Tupi do Piauí não apura o mais puro guarany?

Se (ará) que o próprio Ceará não será um sarau dos matutinos e a Paraíba o clarão dos repentes nordestinos?

Será que o sul do Rio Grande do Norte não tem algo a ver com o norte do Rio Grande do Sul?

Será que Pernambuco não seria um sulco dos sabores musicais e as Alagoas nos alagam e adoçam de tão boas?

Será que o pequeno e minúsculo Sergipe não seria o motor do nosso Jipe?
Gente!!!!
Será que a Bahia não seria o Oxum do nosso oxente?
Repare, pare e arrepare o nordeste é uma festa, 

É uma arara azul preta e branca;

É uma asa branca amarela e multicor;

Tem sintoma de terra, lua, marte;

Tem sanfona, zambumba, cantador;

Tem São João, Santo Antônio e Padre “Ciço”;

Rabequeiro de anjo no Serviço bem ao lado de Deus, nosso Senhor;

Reparem: sobre a cabeça de Deus tem um triângulo tililingo e o sino de toda igreja é percutido a badalo;

Na quarta-feira (06), houve, de forma inédita nas celebrações de aniversário da UFRPE, uma cerimônia de lançamento de livros de servidores docentes e técnicos em educação. As obras, com temáticas diversas, foram desde os pequenos plânctons, na obra A Revolta do plâncton, do professor Mauro Melo, do Departamento de Biologia, até sobre questões sobre a segurança. O servidor Aritan Ventura, com outros quatro autores, escreveu a obra Segurança Pública Institucional nas instituições de ensino superior: desafios e soluções.

Ao todo, 11 autores tiveram suas obras lançadas pela editora universitária da UFRPE em áreas como biologia, zootecnia, agricultura familiar e PNAE, mulheres cientistas, iniciação à docência, genética molecular, história do Recife, variação climática, climatologia, mulheres criadoras de abelhas.

Na cerimônia, a vice-reitora da UFRPE, Maria do Socorro de Lima Oliveira trouxe a importância do evento e da promoção de livros impressos. “Nós, enquanto universidade, temos que valorizar a leitura, valorizar a produção literária. Não conseguimos fazer educação sem livros. Esta iniciativa é importante e histórica e reafirma nosso compromisso com a educação e com a valorização dos nossos autores.”, finalizou.

Cada autor fez uma breve apresentação de sua obra e, ao final, houve uma sessão de autógrafos onde autores e leitores puderam ter um fim de tarde regado a muitas histórias e sorrisos.