A estudante do Curso de Especialização em Gestão Pública Escolar Municipal da UFRPE Beatriz Karoline ganhou o 2º lugar no Hacka Pride e o 2º lugar no Hackathon Potência Hack. O primeiro evento foi uma realização do Citi UFPE e pode ser conferido no perfil: https://www.instagram.
Na maratona Hacka Pride, o projeto premiado foi sobre o tema Saúde para Todes: Pelo corpo e mente das pessoas trans e travestis!
Junto a Mabi, Hyngrid Souza, Migliary Vidal e Hugo Guedes, Beatriz Karoline desenvolveu o Ium, aplicativo de monitoramento fisiológico com foco em pessoas trans e travestis em terapia hormonal que desejam monitorar, conhecer e ter um maior controle dos seus exames e ciclos de tratamento. De acordo com a equipe, a ideia é oferecer uma experiência mais visual, utilizando gráficos temporais e possibilitando cruzá-los com outros tipos de dados, como um diário de saúde mental. Também se propõe a trazer ferramentas de educação, com informações concisas sobre taxas, alertas de criticidade e incentivo a melhores hábitos, tendo como objetivo secundário a redução de danos.
Sobre o Hackathon Potência Hack:
Equipe: Flávia Firmino, Kevin Macfadem, Luana Lacerda, e eu, Beatriz Karoline
Tema: Como a educação tecnológica pode ser acessível para todos?
Projeto: O Equipa Tech é uma plataforma de empréstimo de equipamentos (computadores, tablets e celulares) ou/e auxílio a internet para para pessoas que necessitam (baixa renda, desempregadas ou que não possuem o equipamento necessário), regularmente matriculadas no Potencial Tech ou cursos de empresas parceiras, a fim de ofertar condições favoráveis para que estas deem prosseguimento aos seus estudos, aprimorando assim seu educacional e profissional. Os equipamentos podem ser doados ou emprestados a Equipa Tech que fará os empréstimos destes, de acordo com o perfil do usuário, por empresas ou pessoas, que poderão doar ou emprestar não apenas os equipamentos, mas também valores em dinheiro, que serão utilizados para manutenção da Equipa Tech (Plataforma, envio e manutenção dos equipamentos, pagamento da equipe responsável por estes) e para investimento em crescimento da empresa e aquisição de novos equipamentos ou oferta de chips de internet.
Depoimento da estudante UFRPE:
"As maratonas foram muito emocionantes. Eu participo de hackathons desde janeiro do ano passado, já participei de hackathons do EUA, Canadá, Inglaterra|Reino Unido e Índia, todos esses remotos, além de brasileiros, que foram remotos e presenciais (como o Hacka Pride e o Hacker Cidadão). Mas esses dois últimos (Hacka Pride 2023 e Hackthon Potência Hack 2023) foram sobre educação e saúde, e, como sou formada em Enfermagem e estudante de Especialização em Gestão Pública Municipal, foram muito especiais para mim, e ainda foram bem perto do meu aniversário de 25 anos, que aconteceu dia 04/06.
A especialização em Gestão Pública Municipal está me ensinando a pensar mais sobre soluções feitas para as pessoas, e como apesar de difícil certas coisas, podemos simplificar processos e com estes tornar uma solução mais eficaz. Esses hackathons foram muito importantes para o meu momento atual, pois estou desempregada, e fazia um bom tempo que não participava de hackathons, e ganhar 2º lugar em 2 hackathons seguidos, foi muito surreal, e vai me ajudar na minha renda. Mas, em contrapartida, me fez perceber o quanto a educação nem sempre é inclusiva, e o quanto poderíamos buscar formas de deixá-la mais inclusiva, às vezes diminuindo certas burocracias desnecessárias, e pensando na realidade das pessoas que realmente necessitam, buscando formas práticas de educar e incluir pessoas em certos processos. Então o Equipa Tech foi um projeto que eu pude também relacionar com a minha vivência pessoal como estudante estando desempregada. E no "ium", eu pude dar minha perspectiva como profissional de saúde, e ainda pude ouvir a perspectiva de pessoas trans (incluindo uma pessoa da minha equipe) relacionadas ao sistema de saúde, cuidado e auto cuidado, e é exatamente por isto que são projetos tão especiais para mim. E claro, ainda participei de equipes incríveis, apesar de todo processo da maratona em si, que pode ser super estressante.
As duas maratonas, me fizeram perceber que saúde e educação estão muito atreladas às pessoas, e não pensar na realidade das pessoas como um todo, na realidade de um grupo ou turma, e quais são suas dificuldades, e como buscar métodos para que essas sejam sanadas da melhor forma possível, ou que os processos sejam adaptados às realidades das pessoas; é essencial, ainda mais se quisermos incluir mais e mais pessoas e tornar a educação como um todo e a saúde também mais inclusiva, eficaz e com equidade que ela merece ter."