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Fotografia de mulheres apicultoras em projeto da UFRPE é vencedora do Prêmio Gabo

 O projeto Mulheres Apicultoras, coordenado pela UFRPE, é destaque mais uma vez. Acaba de ilustrar a fotografia selecionada como vencedora do Prêmio Gabo, junto a um ensaio fotográfico completo, que pode ser visualizado no link: https://premioggm.org/trabajos/edicion/2024/nominados/

Em sua décima edição, o Prêmio Gabo inovou este ano com a categoria Fotografia, cuja imagem vencedora foi  As Guardiãs das Abelhas, produzida por Gabriela Portilho.

A fotógrafa documental, jornalista e educadora tem foco em meio ambiente e questões de gênero, principalmente na Amazônia brasileira. Ela também é cofundadora do Doroteia , coletivo focado em histórias centradas em mulheres. O trabalho dela com as mulheres apicultoras já havia ganho o prêmio ambiental Carolina Hidalgo Vivar 2023 na POY Latam: https://poylatam.org/

O grupo Agroflores, de mulheres apicultoras de Barreiros(PE), também foi destaque em matéria no jornal inglês The Guardian em 2023. Depois de retiradas de seu local de origem, devido à expansão de Suape, elas iniciaram, em 2018, um projeto com abelhas que mudou suas vidas. O novo assentamento era rodeado de plantações de cana de açúcar e elas, com o apoio da professora Renata Valéria, do Departamento de Zootecnia da UFRPE, iniciaram uma mudança que foi uma verdadeira renovação para as moradoras da nova morada. 

O novo assentamento fornecido pelo governo é cercado por uma enorme plantação de cana-de-açúcar. O solo é improdutivo e os pesticidas ameaçam as abelhas nativas. Não há estradas pavimentadas, escolas ou centros de saúde na área. A habitação é precária e a área é frequentemente inundada pelo rio.

Com poucas opções de plantio, as mulheres recorreram à universidade local para aprender como criar abelhas. A professora Renata Valéria forneceu os trajes de proteção e as colmeias e ensinou técnicas de apicultura para a produção de mel de qualidade e livre de agrotóxicos. Até então a apicultura no município era realizada exclusivamente por homens.

Além da independência financeira que obtiveram com a venda de mel, as mulheres pressionaram por uma nova dinâmica sustentável na comunidade. Para atrair mais abelhas, elas começaram a plantar ao redor de suas casas usando técnicas transmitidas por seus ancestrais, transformando seus quintais em oásis com flores, árvores e plantações. Combinam técnicas de melhoramento genético com conhecimentos ancestrais para encontrar formas sustentáveis de produção de mel.