No dia 11 de setembro de 2023, o professor Bruno Romero Ferreira Miranda, do Departamento de História da Universidade Federal Rural de Pernambuco, apresentou na Universidade de Oxford, Inglaterra, uma conferência sobre a realização de uma grande assembleia indígena Potiguara ocorrida em fins de março de 1645.
Naquele ano, grande quantidade de indígenas Potiguara de diferentes áreas das Capitanias do Norte do Brasil, especificamente de Itamaracá, Paraíba e Rio Grande, reuniram-se em uma aldeia chamada Tapesserica, hoje Goiana e naquele tempo integrante da Capitania de Itamaracá, atualmente Pernambuco. Aliados dos holandeses que ocupavam porções amplas do litoral do nordeste do Brasil desde a década de 1630, os Potiguara fizeram a primeira grande assembleia indígena registrada na região naquele período. A assembleia teve por objetivo debater o futuro desse povo e sua relação com os holandeses, que enfrentavam grande dificuldade em controlar o território e estavam prestes a ter que lidar com a rebelião dos moradores portugueses que eclodiu poucos meses depois da assembleia dos Potiguara e resultou, após longo confronto, na expulsão dos holandeses do Brasil.
O professor Bruno Miranda buscou em sua apresentação analisar os documentos concernentes a assembleia Potiguara em Tapesserica, debater as razões para a organização desse encontro e conectar essa reunião à cultura política indígena daqueles tempos.
O entendimento desta assembleia permite compreender melhor as alianças forjadas entre os Potiguara e os holandeses no século XVII. Trata-se de uma tentativa de escrita de uma história dos indígenas do Brasil, tratando-os como sujeitos históricos e personagens importantes da narrativa dos eventos da guerra luso-holandesa (1624-1654). Esse conflito teve amplas repercussões em territórios das Capitanias do Norte do Brasil.
No dia 11 de setembro de 2023, o professor Bruno Romero Ferreira Miranda, do Departamento de História da Universidade Federal de Pernambuco, apresentou na Universidade de Oxford, Inglaterra, uma conferência sobre a realização de uma grande assembleia indígena Potiguara ocorrida em fins de março de 1645.
Naquele ano, grande quantidade de indígenas Potiguara de diferentes áreas das Capitanias do Norte do Brasil, especificamente de Itamaracá, Paraíba e Rio Grande, reuniram-se em uma aldeia chamada Tapesserica, hoje Goiana e naquele tempo integrante da Capitania de Itamaracá, atualmente Pernambuco. Aliados dos holandeses que ocupavam porções amplas do litoral do nordeste do Brasil desde a década de 1630, os Potiguara fizeram a primeira grande assembleia indígena registrada na região naquele período. A assembleia teve por objetivo debater o futuro desse povo e sua relação com os holandeses, que enfrentavam grande dificuldade em controlar o território e estavam prestes a ter que lidar com a rebelião dos moradores portugueses que eclodiu poucos meses depois da assembleia dos Potiguara e resultou, após longo confronto, na expulsão dos holandeses do Brasil.
O professor Bruno Miranda buscou em sua apresentação analisar os documentos concernentes a assembleia Potiguara em Tapesserica, debater as razões para a organização desse encontro e conectar essa reunião à cultura política indígena daqueles tempos.
O entendimento desta assembleia permite compreender melhor as alianças forjadas entre os Potiguara e os holandeses no século XVII. Trata-se de uma tentativa de escrita de uma história dos indígenas do Brasil, tratando-os como sujeitos históricos e personagens importantes da narrativa dos eventos da guerra luso-holandesa (1624-1654). Esse conflito teve amplas repercussões em territórios das Capitanias do Norte do Brasil.