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Sertão virou Ciência na oitava edição da Semana de Popularização da Ciência no Semiárido

Professor Miranda com estudantes lançando foguete de PET

O Sertão virou ciência entre os dias 22 e 24 de maio, com a realização da VIII Semana de Popularização da Ciência do Semiárido Brasileiro nos municípios pernambucanos de Arcoverde e Itacuruba. A Semana Pope stimulou a disseminação de conhecimentos em ciência, tecnologia e inovação, valorizando os saberes produzidos na região.

Idealizado em conjunto pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), pelo Instituto Nacional do Semiárido (INSA) e pelo Observatório Nacional (ON), o evento acontece desde 2015, a cada ano em uma cidade diferente do Semiárido brasileiro, envolvendo diversas organizações locais. Nesta edição, sob o tema “Da Terra ao Céu - Uma Viagem Sustentável”, a programação incluiu palestras, oficinas interativas, exposições, excursões, observação astronômica e apresentação cultural.

Pessoas dos municípios do entorno também puderam fazer a tradicional visita técnica às instalações do Observatório Astronômico do Sertão de Itaparica (OASI), localizado em Itacuruba e pertencente ao ON.

Estudantes das redes pública e privada, de diferentes faixas etárias, além de professore(a)s e produtore(a)s rurais tiveram contato com as atividades ao longo de três dias, numa imersão científica dentro do cotidiano. 

O professor Antônio Carlos Miranda, do Departamento de Física da UFRPE e coordenador do projeto Desvendando o Céu Austral, fala da importância da troca de conhecimento entre cientistas e o público com seus saberes populares. “São várias ações e iniciativas, como palestras, minicursos e oficinas, para levar o conhecimento acumulado nessas instituições para a população e ao mesmo tempo, trocar com os conhecimentos e saberes do povo. A população do Semiárido especialmente, tem enfrentado toda a dureza da vida nessa região brasileira e aprendido inclusive a gerir a própria natureza. É uma troca em que todos saímos ganhando”, evidenciou.

Para o pesquisador Ricardo Lima, supervisor do Núcleo de Gestão da Informação e Popularização da Ciência do INSA, a Semana POP é fundamental, porque procura aproximar estudantes e agricultores de pequenas cidades do Semiárido brasileiro, da ciência que é feita no INSA e nas demais instituições organizadoras. “Participando das atividades, esperamos que os jovens possam visualizar como a ciência e a tecnologia podem melhorar a vida das pessoas, investigando os problemas de uma comunidade e propondo melhores soluções. Além disso, procuramos também sensibilizar os jovens a conhecerem e optarem por profissões preocupadas com o combate à desigualdade social a partir do desenvolvimento da ciência e da tecnologia”, reforçou.

A Semana Pop, junto ao projeto Desvendando, também recebe apoio da Unidade Acadêmica de Educação a Distância e Tecnologia (UAEADTec UFRPE).

Estudantes na quadra da escolaOficina Constelações da Bandeira do Brasil