A UFRPE foi campeã da Copa do Nordeste de Futsal de Surdos de 2024, por meio do projeto de extensão Futsal e Futebol Bom de Bola e da Escola da Inclusão, que treinou a equipe invicta da Associação dos Surdos de Pernambuco (ASSPE). O campeonato foi decidido na semana passada é mais um passo para disputar a Copa do Brasil de Surdos, que ocorrerá no Maranhão ainda este ano.
O projeto de extensão iniciou-se no ano de 2000 no Departamento de Educação Física (Defis) da UFRPE, com o professor Nilson Félix, que, ao se aposentar, foi substituído pelo técnico Ricardo Flávio Mendes da Silva, bacharel em Educação Física e especialista em Futsal.
Ao longo desses anos, o projeto recebeu apoio através de editais de Bolsas de Extensão, tendo, a partir de 2016, incluído times femininos e masculinos na disputa de campeonatos estaduais universitários.
Em 2017, o projeto passou a contar com a participação de pessoas das comunidades do entorno. Após a pausa durante o período de isolamento exigido na pandemia de Covid-19, as atividades foram retomadas com uma proposta de inclusão. Inicialmente, houve parceria com o Sistema de Atividades Permanente para Atletas do Futebol (Sapaf), que acontece nas segundas, quartas e sextas-feiras, no Campo de Futebol da UFRPE, e também com o Núcleo de Formação de Atletas na UFPE e vários locais de campos de comunidades em parcerias com a Prefeitura da Cidade do Recife.
Em 2023, ainda foi firmada uma parceria com a Funase, por meio da qual se tem oportunizado aos garotos das comunidades de condições sociais de vulnerabilidade a participar do projeto nesses núcleos e fazendo a formação de novos atletas para o profissional de futebol de campo.
Foi no segundo semestre de 2023 que houve a última modificação no projeto, com a oportunidade de fazer uma parceria com a ASSPE e já sendo campões pernambucano em 2023.
De acordo com Ricardo Silva, o projeto ainda conta com um Núcleo de Formação de Atletas no Futsal na cidade de Ibimirim, no Sertão de Pernambuco, onde há campus avançado da UFRPE e têm sido revelados bons jogadores para o mercado do futsal na região e na capital.
“Temos buscado uma aproximação com algumas ações voltadas para a educação na UFRPE, como o Prepex, com um objetivo que trazer esse público para nossas equipes universitárias e incentivando que façam parte da UFRPE por meio do processo seletivo Sisu”, ressalta o coordenador.
Em 24 anos de projeto de extensão, o quantitativo de alunos /atletas beneficiados chega aproximadamente 400, comemora. “A competição, em especial a taça Nordeste de futsal, foi um marco para a modalidade e nos permitiu criar uma janela de divulgação para a modalidade dos surdos no futsal”, sublinha Ricardo.