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[G1] Eclipse lunar parcial mais longo em 580 anos pode ser visto de Pernambuco; saiba como e quando observar

Eclipse lunar parcial mais longo em 580 anos pode ser visto de Pernambuco; saiba como e quando observar

Fenômeno acontece na madrugada da sexta-feira (19) e pode ser observado em todo o estado, desde que seja de um local com horizonte poente e livre.

Por g1 PE

 



Eclipse lunar parcial em foto de 2019 — Foto: Reprodução/ TV Gazeta/Arquivo

Eclipse lunar parcial em foto de 2019 — Foto: Reprodução/ TV Gazeta/Arquivo

O mais longo eclipse lunar parcial em 580 anos acontece na madrugada da sexta-feira (19) e pode ser observado por quem estiver em Pernambuco. O melhor horário no estado é a partir das 4h18, quando fica mais visível no céu o fenômeno natural (confira dicas de como observar mais abaixo).

Antes desse, o mais longo em duração foi registrado em 18 de fevereiro de 1440, segundo a National Aeronautics and Space Administration (Nasa). No auge do fenômeno, a Lua terá mais de 97% de sua superfície coberta pela sombra da Terra e ganhará uma aparência avermelhada.

O astrofísico e professor da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) Antônio Carlos Miranda explicou que o fenômeno pode ser observado a partir de locais altos ou com o horizonte livre, no lado poente do céu.

“Quem for assistir, tem que ter o horizonte poente livre. A lua vai estar baixinha, bem perto de se pôr. Se tiver um prédio ou montanha na frente, não dá para ver. Na hora do eclipse, a gente vai ver o pôr da lua eclipsada, igual o pôr-do-sol”, contou.

De acordo com o Espaço Ciência, o eclipse terá duração exata de três horas, 28 minutos e 23 segundos, mas, em Pernambuco, a visualização é possível entre 4h18 e 4h48, momento em que a Lua se põe. Pouco antes disso, é possível ver que o satélite escurece, ainda que de forma sutil.

Eclipse lunar parcial em foto de 2019 — Foto: Armando Junior/Rede Amazônia/Arquivo

Eclipse lunar parcial em foto de 2019 — Foto: Armando Junior/Rede Amazônia/Arquivo

O astrofísico explicou que o fenômeno é considerado o mais longo do século porque o movimento da Lua e da Terra estarão em uma velocidade menor e mais afastados do sol.

“Como a velocidade é um pouco menor, a duração é maior. [... ] O auge dele [eclipse], que é quando ele está com a sombra mais forte, vai ser a partir das 4h18. A parte final, a gente quase não vai ver porque a lua já estará se pondo. Vai ser perto das 7h e já tem o sol”, contou.

Segundo ele, quem olhar para o céu vai ver uma lua avermelhada, mas não completamente oculta. “A lua não vai ficar totalmente desaparecida, ela fica um pouco avermelhada, por isso que chama de lua de sangue”, contou.

A dica, segundo o professor, é fazer uma espécie de teste ainda no pôr-do-sol desta quinta-feira (18): se der para ver, vai dar para observar o eclipse. “Faça o teste no local em que mora ou em um local alto. Se for no interior, sem muitos prédios, é fácil de ver", declarou.

Miranda destacou, ainda, a importância de um fenômeno como esse para despertar a curiosidade científica nas pessoas. “Isso é importante para despertar a curiosidade científica nas pessoas, nesse momento de negacionismo. A gente precisa de injeção de ciência na veia”, afirmou.

Clique da lua de sangue feito em 2018 — Foto: Bruninho Volotão/Arquivo Pessoal/Arquivo

Clique da lua de sangue feito em 2018 — Foto: Bruninho Volotão/Arquivo Pessoal/Arquivo

 

Eclipse parcial

 

Os eclipses da lua acontecem diversas vezes por ano. Segundo o Espaço Ciência, o fenômeno é registrado quando a Terra fica entre o Sol e a Lua, bloqueando a luz do Sol que ilumina o satélite natural.

Com a sombra da Terra recobrindo a Lua e a luz do sol não atingindo a superfície lunar acontece o eclipse, que só ocorre quando a lua está em sua fase cheia. No caso específico do eclipse parcial, a sombra da Terra não cobre completamente a Lua e uma parte dela permanece iluminada.

De acordo com o Espaço Ciência, ao contrário dos eclipses solares, os lunares são seguros para serem observados a olho nu e podem ser vistos sem proteção ocular especial.

 

Chuva de meteoros

 

Além do eclipse parcial da lua, a noite da sexta-feira (19) também vai contar com uma chuva de meteoros Leônidas, associada ao cometa Tempel-Tuttle. Segundo o astrofísico, quem prestar atenção vai conseguir acompanhar os dois fenômenos.

“Chuva de meteoros é melhor em uma noite que o céu está mais escuro. A luz da lua cheia ofusca um pouco, não totalmente, mas vai dar para curtir os dois. Vê meteoro e vê lua eclipsada, é um programa astronômico”, disse o professor.

Lua Azul, de Sangue ou Superlua: entenda as diferenças — Foto: Arte/G1

Lua Azul, de Sangue ou Superlua: entenda as diferenças — Foto: Arte/G1

LINK: https://g1.globo.com/pe/pernambuco/noticia/2021/11/18/eclipse-lunar-mais...