Há 23 anos as Tardes Recifais movimentam a UFRPE com conhecimento e informação. O mundo dos recifes de coral, tão rico e fascinante, vai sendo desvendado a cada edição deste evento promovido pelo Laboratório de Ambiente Recifais (LAR), coordenado pela professora Fernanda Duarte Amaral, do Departamento de Biologia. No dia 14 de dezembro foi realizada a sua 28ª Edição, com a participação de pesquisadores, estudantes e demais interessados na ecologia dos ambientes coralíneos.
“Fazemos esse ciclo de palestras com o objetivo de difundir e destacar o recife de coral como ambiente importante que é. A intenção é fazer com que mais gente conheça, preserve e entenda um pouco dessa maravilha que são os ambientes recifais”, ressalta a Fernanda Duarte Amaral.
Nesta edição o tema escolhido teve como foco os cnidários, grupo de animais em que se inserem as medusas, caravelas, anêmonas, corais, entre outros. Durante o evento, a equipe do LAR e os pesquisadores convidados apresentaram uma série de estudos recentes diversificados.
“Buscamos nesse ano apresentar quais os temas mais atuais, relevantes, não muito explorados e sem tantos artigos publicados a esse respeito. Podemos dizer que são assuntos que estão na ‘crista da onda’ em relação às pesquisas sobre os ambientes recifais”, enfatizou a professora Fernanda.
Entre as pesquisas, Cristiane Costa, a docente da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), ministrou a conferência de abertura da tarde, apresentando as “Novidades sobre branqueamento de Zooxantelas”. A pesquisadora apresentou aspectos diversos sobre as doenças que afligem os corais decorrentes, em geral, das mudanças climáticas.
Os participantes também puderam conhecer o trabalho feito pela estudante Michelly Lira, bolsista PIC CNPq/UFRPE. Ela abordou os aspectos ecológicos e curiosidades sobre uma espécie de medusa, considerada imortal em virtude de características biológicas que possui. A discente ministrou a palestra Segredo da Imortalidade de uma Medusa", referente à espécie Turritopsis nutricula.
Igor Larré, estudante bolsista PIBIC/CNPq/UFRPE destacou aspectos relacionados aos sons que os animais emitem e ouvem nos ambientes coralíneos. Em sua palestra "Bioacústica dos ambientes recifais", o discente apresentou as possíveis mudanças de comportamento identificadas na fauna e que estão associadas aos ruídos, cantos e demais sons relacionados esses ecossistemas.
Durante a Tarde Recifal foram realizadas também as palestras "Microplásticos nos corais", ministrada por Marcos Matoso (bolsista PET Biologia); Sistemática Filogenética de Cnidários, apresentada por Débora Barbosa, doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Etnobiologia e Conservação; e "Novidades Urticantes dos 23 anos do LAR", pela professora Fernanda Duarte Amaral.
Além de ter uma programação científica e acadêmica, a Tarde Recifal do LAR tem o objetivo de interagir com o público não especializado. “A gente sempre fala numa linguagem simples, que todos os que venham consigam compreender bem. Queremos que as pesquisas cheguem à comunidade, cheguem na sociedade”, diz a coordenadora do LAR. Nesse sentido, a equipe do Laboratório já promoveu, por exemplo, trabalhos educativos em escolas, apresentações de teatro de fantoches para crianças, entre outras ações.
A programação incluiu ainda exposição de banners e de zooartesanato.
A Tarde Recifal também realizou uma ação de compromisso social, com a doação de alimentos não-perecíveis à campanha Natal Solidário da UFRPE. Os alimentos arrecadados pelos inscritos no evento.
Confira abaixo algumas imagens da 28ª Tarde Recifal.