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Ciência Pioneira abre inscrições para edital que prevê R$ 7,2 milhões a pesquisas

Iniciativa vai selecionar projetos de jovens cientistas em fase de consolidação da carreira

 

Jovens cientistas já podem se inscrever para um edital que prevê até R$ 7,2 milhões em apoio a pesquisas em todo o país. A oportunidade faz parte da primeira chamada pública nacional da Ciência Pioneira, do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR), iniciativa criada para valorizar pesquisas inovadoras e pouco exploradas nas áreas das ciências da saúde, biomédicas e suas interfaces com as ciências exatas.

As inscrições foram abertas no dia 1º de setembro e seguem até as 18h do dia 30 de setembro. Serão contemplados até 15 jovens pesquisadores que tenham projetos ousados e com forte potencial de fazer a diferença em suas áreas. Os selecionados vão receber individualmente R$ 160 mil anuais ao longo de três anos e poderão ter acesso à infraestrutura do IDOR para a realização dos projetos, dependendo do foco de suas pesquisas.  

O edital completo pode ser consultado neste link, e as inscrições realizadas aqui.

Essa é a primeira grande chamada pública da Ciência Pioneira, que vai investir R$ 500 milhões em pesquisas de fronteira em dez anos. Desde 2022, a iniciativa tem dado apoio a pesquisadores por meio de parcerias com universidades e centros de pesquisas de diferentes partes do Brasil e do mundo. Entre eles, estão Innovative Genomics Institute (EUA), Weizmann Institute of Science (Israel), Quantum Biology Tech Lab-UCLA (EUA), Usona Institute (EUA), Stanford University (EUA), King’s College London (Inglaterra), Universidade Federal do Rio de Janeiro e Universidade Federal de Minas Gerais (Brasil).

Desta vez, o  médico e neurocientista Jorge Moll Neto, idealizador da Ciência Pioneira, explica que um dos objetivos é expandir a seleção e prestigiar cientistas independentes em início de carreira que tenham projetos com grande potencial disruptivo.

“A ciência de fronteira é essencial para a inovação no país, com reflexos em áreas importantes como saúde, educação e até economia. Devido ao caráter ousado e de risco, é comum que projetos disruptivos tenham mais dificuldade de obter financiamento. É justamente nesse ponto que a Ciência Pioneira atua, com diversas ações, sendo este edital uma delas”, afirma. 

Os projetos que serão beneficiados devem estar relacionados às áreas de atuação da Ciência Pioneira (ciências da saúde, biomédicas e interfaces com ciências exatas) e estimular as interações entre elas. O edital contempla três grandes áreas temáticas: biologia molecular e celular, física e matemática da biologia e neurociência e cognição.

Podem participar pesquisadores com até dez anos de obtenção do título de doutor (ou 12, no caso de mulheres com filhos) e que tenham linhas de pesquisas próprias – ou seja, que estejam em fase de implementação ou consolidação de seus grupos de pesquisa. Outro requisito é que os candidatos tenham vínculo empregatício ou funcional formal em universidade, instituto ou entidade de pesquisa pública ou privada com sede no Brasil. 

Cientistas com atuação no Estado do Rio de Janeiro terão apoio financeiro extra, fruto de uma parceria entre a Ciência Pioneira e a FAPERJ (Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro), ligada ao governo estadual. 

“As áreas cobertas pela Ciência Pioneira são de grande relevância, com temas conectados à ciência que temos produzido no Estado do Rio de Janeiro. A parceria amplia o impulsionamento da pesquisa fluminense”, diz Jerson Lima, presidente da Faperj.

O processo seletivo do edital é dividido em duas fases. Nesta primeira etapa, os candidatos devem fornecer dados pessoais e da trajetória acadêmica, além de currículo, carta de intenções e resumo do projeto, em inglês. Os aprovados seguem para uma seleção mais minuciosa, quando vão submeter as propostas definitivas à análise dos revisores da Ciência Pioneira. A divulgação dos selecionados para a segunda fase está prevista para ocorrer em 25 de novembro.

Sobre a Ciência Pioneira

A CP é uma iniciativa independente de apoio à ciência de fronteira do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino. De caráter filantrópico, a iniciativa investirá R$ 500 milhões em pesquisas de ponta nos próximos dez anos. Fundada e financiada pela família Moll, controladora da Rede D’Or, a iniciativa tem como foco o investimento em áreas de fronteira ainda pouco exploradas na interface entre as ciências biomédicas e de saúde e as ciências exatas.